OS AFETOS E AFETAÇÕES DAS
DRAMATIZAÇÕES DAS BRINCADEIRAS
Cláudio Alves de Melo
1
– ABERTURA
Sabemos
que a visão do observador não abraça a totalidade de determinada realidade,
sendo assim, procuramos ampliar nossa visão, não só observando, mas vivenciando
como pesquisador, buscando formas diferentes de enxergar a realidade dada.
Atentamos para a diversidade, as perspectivas, as falas, gestos, propostas, ações,
etc. de todos os membros dos espaços estudados e suas relações e, assim
desenvolver um trabalho coerente. Desenvolvemos nosso pensamento partindo de
trocas, de um movimento dialético, ou seja, aprender e ensinar ao mesmo tempo,
vendo e revendo conceitos, e principalmente, reconhecendo a criança como protagonista
de todo processo, sem esquecer-se da importante função do mediador – o professor,
no desenvolvimento do processo de desenvolvimento infantil.
Quando
pensamos infância, brincadeiras e educação, precisamos considerar o contexto
escolar e a conectividade entre instituição, educador e educando, não
necessariamente nesta ordem. Nosso trabalho problematiza o tema a partir da
observação e vivência com uma turma do 5º ano (ensino fundamental) e com
participantes de uma oficina de contação de histórias. Queremos colocar neste
trabalho, lauda a lauda, nosso pensamento em relação ao tema partindo de
experiências pessoais e profissionais, problematizando a brincadeira e em que
elas afetam principalmente as crianças.
Cabe
dizer que é de extrema importância que a educação infantil não seja em hipótese
nenhuma colocada numa posição de inferioridade em relação às outras fases
escolares. Ao contrário, ela deve ser vista como parte importante do desenvolvimento
intelectual da criança. É sabido que a infância é um período da vida humana que
acontecem mudanças que vão marcar para o bem ou para o mal a vida do sujeito,
influenciando direta e indiretamente no seu desenvolvimento. Sendo assim,
presumimos que seja interessante instigarmos os educadores a produzirem
atividades educativas e lúdicas que estimulem o desenvolvimento intelectual e
cognitivo da criança de forma agradável e cativante.
A
criança na idade escolar precisa ser inserida em espaços de ensino formais ou
não que primem por serem espaços educativos que respeitem a criança, como
sujeito de direito, considerando sua preferência, individualidade e seu tempo.
Precisamos entender que cada criança possui peculiaridades e tempo díspares que
orientam especificadamente seu processo de aprendizagem. Sendo assim,
precisamos pensar a educação “[...] preservando o papel central do sujeito
ativo e subjetivo, que constrói seu próprio mundo psicológico, em constante
relação e confronto com o mundo psicológico dos outros e o meio externo em
geral”. (VASCONCELLOS, VALSINER, 1995, p. 19).
2
– DISCUSSÕES TEÓRICAS
2,1 – Afetos e Afetações na UMEI/Niterói – Primeiro Espaço
Caracterização
Teórica do 1º Espaço: UMEI/Niterói. A observação participativa ocorreu nos dias 18/09, 25/09, 02/10 e
09/10. Logo no primeiro dia observamos a escola como um todo: a escola é de
porte médio, possui cerca de 300 alunos matriculados em dois turnos, as salas
de aula são médias e razoavelmente iluminadas, possuem ar condicionado, mas
alguns não estão funcionando, algumas dessas salas estão precisando de uma nova
organização. As turmas possuem entre 15 a 25 alunos, mas da pra realizar um bom
trabalho organizando-as. A escola trabalha com projetos, e nesse período está
trabalhando com a temática “violência praticada contra as mulheres”.
A sala dos professores possui um ótimo tamanho, porém não é
organizada, tem uma mesa central com algumas cadeiras, um sofá, outra mesa com
um laptop com internet, estantes com vários livros, um armário com jogos e
brinquedos, e outras cadeiras que ficam encostadas em uma das paredes da sala,
possui também um bebedouro. A sala da direção também possui um bom tamanho. Durante
esse período do estágio supervisionado além de observamos a escola, conversamos
muito com a professora supervisora de campo, a qual nos atendeu muito bem, foi
muito atenciosa, ela falou um pouco da turma e nos passou várias informações
sobre o plano de curso.
A turma do 5º ano é composta de educandos na faixa etária entre 9 e
14 anos. É composta na maior parte de meninos. Há apenas 7 meninas. De forma
geral a turma é tranquila. Os educandos participam bastante. A relação
educando/professora é muito boa. No entanto, apesar de ser uma turma de 5º ano
constituída de crianças grandes, falta brincadeiras.
Percebemos
durante nossa observação do cotidiano da turma a pouca preocupação dos
educadores com as brincadeiras das crianças, daí vimos uma inquietante tema –
“Os afetos e as afetações das dramatizações das brincadeiras na criança que
aprende brincando” – que estimulasse uma reflexão a cerca das brincadeiras na
escola e o quanto elas poderiam ajudar no desenvolvimento cognitivo e
intelectual da criança. Pensamos que a brincadeira deve estar presente no
território escolar e que esta pode fazer parte do fazer pedagógico do educador,
tornando esse fazer mais atraente, divertido e inovador. Sendo assim, o
processo ensino aprendizado consegue de fato transmitir saberes: objetivos e
subjetivos. A brincadeira se torna para a criança uma ponte entre a imaginação
e a realidade, ou seja, a brincadeira dá a criança condições de descobrir novos
significados em relação à realidade, e mais, “[...] a criança, por força do instinto
e da imaginação, cria as situações e os ambientes que a vida não lhe
apresenta.” (VIGOTSKI, 2009, p. 98).
Pensamos
que essencialmente a brincadeira mexe, ajuda, potencializa o desenvolvimento
cognitivo e intelectual da criança. É por meio dela que a socialização entre as
crianças acontecem, é por meio dela que as crianças experimentam novas
possibilidades, é por meio delas que as crianças dão novos significados as suas
realidades, é por meio delas que as crianças criam novas possibilidades, é por meio
delas que as crianças imaginam o novo, o diferente, é por meio delas que as
crianças colocam para fora seus afetos e suas afetações. E por meio dela a
criança se satisfaz intensamente, ela vive concretamente o que imagina. È por
meia delas que as crianças são afetadas.
Muitos
educadores veem a brincadeira como uma ação sem valor pedagógico, sem sentido,
e que sua função é a de divertir as crianças, possuindo o perfil único de
entretenimento. Mas isso é um equívoco, na verdade, a brincadeira possui profunda
relação com a criança. Vamos pensar em um menino brincando com um caminhão de
brinquedo. Podemos afirmar que esse menino se relaciona de várias maneiras com
o brinquedo durante a brincadeira, desde a imaginação, passando pela criação e
manipulação, até a realização da brincadeira como “motorista de caminhão”.
Vigotski (1989) diz que a criança quando brinca:
[...]
quer e realiza seus desejos, permitindo que as categorias básicas da realidade
passem através de sua experiência. A criança ao querer realiza seus desejos. Ao
pensar, ela age. As ações internas ou externas são inseparáveis: a imaginação,
a interpretação e a vontade são processos internos conduzidos pela ação externa.
(ViGOTSKi, 1989, P. 114).
Para brincar a criança necessita de espaço, tempo,
brinquedos atrativos, jogos divertidos que irão ajudar direta e indiretamente a
ludicidade da brincadeira.
Cabe separar um espaço em nosso texto para falar
sobre a questão de gênero em relação às muitas brincadeiras que ainda hoje são
separadas por gênero. Sabemos que garotos e garotas ainda são separados por
brincadeiras, e quando isso acontece delimita profundamente os papéis e funções
sociais que deverão desempenhar quando adultos, ou seja, as brincadeiras nesse
caso ajudam na construção social da divisão de gênero na sociedade.
Ariês (1981) no livro História Social da Criança e
da Família mostra que na Europa de 1600, os brinquedos e as brincadeiras não
eram separados, tão pouco brincadeiras de adulto e de criança. Garotos e
garotas vestiam as mesmas roupas, brincavam com os mesmos brinquedos e
brincadeiras, isso era natural e socialmente aceito. Mas que ao longo do tempo
foi sendo separadas por sexo e por idade.
Sendo assim, como os Pedagogos podem utilizar a
brincadeira como metodologia de ensino? O Pedagogo ou educador funciona como
mediador no processo ensino/aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento
cognitivo e intelectual da criança. Por isso, presumimos que partindo de
brincadeiras criativas, divertidas e atraentes, o Pedagogo pode em conjunto com
a criança inventar novas ou inovar as brincadeiras, assim, o universo da
criança é enriquecido ludicamente favorecendo seu desenvolvimento. Nessa ação
coletiva de invenção e inovação das brincadeiras entre Pedagogos e crianças
acontece a troca de antigos e a descoberta de novos conhecimentos.
Torna-se necessário separarmos tempo e espaço para
as brincadeiras. É importante que a escola compreenda tal fato, pois ao brincar
a criança também aprende mesmo nas brincadeiras sem planejamento, e o que é
mais importante, elas próprias criam e imaginam a brincadeira, a qual possui um
íntimo significado para elas. De fato, “A brincadeira é a escola da vida para a
criança; educa-a espiritual e fisicamente. Seu significado é enorme para a
formação do caráter e da visão de mundo do futuro homem.” (VIGOTSKI, 2009, p.
109). Cabe dizer que a partir delas os Pedagogos ou educadores podem idealizar
novas brincadeiras lúdicas e pedagógicas, isto é, brincadeiras um pouco mais
planejadas.
Vemos a brincadeira como importante instrumento no
desenvolvimento da criança, visto que, as brincadeiras são “imagens e ações
vivas” (VIGOTSKI, 2009, p. 98), que estimulam a criação, imaginação e a
criatividade. O que a criança cria, imagina e dramatiza lhe causa concretamente
prazer, lhe satisfaz. Assim, a realidade da criança se torna mais interessante,
ganha novos signos.
Pensamos que a brincadeira deve ser mais que uma
mera ação da criança, na verdade, essa ação – o brincar – deve ser valorizada
e, a criança deve ser seu criador principal em todos os momentos do processo de
criação e imaginação.
A
preparação dos acessórios, das decorações, do figurino dá motivos para a
criação plástica e técnica das crianças, Elas desenham, modelam, recortam,
costuram, e, de novo, todas essas ocupações adquirem sentido e objetivo como
partes de uma ideia comum que as inquieta. (VIGOTSKI, 2009, p. 99).
Sendo assim, não devemos inserir as crianças nas
brincadeiras de forma impositiva ou impor brincadeiras, transformando-as em
expressão de poder e falta de diálogo, isso limita a criatividade e a tomada de
decisão da criança.
2.2 – Afetos e Afetações na Oficina
“Quem Conta Apronta” – Segundo Espaço
Caracterização
Teórica do 2º Espaço - Dentro desse contexto de análise e
reflexão a cerca das brincadeiras, podemos dar como exemplo a oficina intergeracional
“Quem Conta Apronta” que está sendo desenvolvido em uma comunidade pobre do
município de São Gonçalo. Destacamos a oficina citada como uma das atividades
mais emblemáticas e produtivas das desenvolvidas no Projeto Comunitário
“Polar(idades). Esta oficina possui um viés educativo e se realiza por meio da
contação de histórias, mas a história não deve ser contada apenas oralmente,
mas deve ser utilizado outras formas de linguagens, e dentre as formas de
linguagens mais usadas a “dramatização” está em primeiro lugar.
A oficina acontece mensalmente, possui caráter
geracional por ser desenvolvida com pessoas idosas e crianças de 7 à 12 anos
(avós e netos), esses devem formar duplas, escolherem ou criarem uma história, e
decidirem que linguagem utilizarão – jogral, verso, poema, cordel, dramatização
– para contar a história. Percebemos que as crianças se engajam mais no
planejamento e desenvolvimento da mesma, transformando-a em uma grande
brincadeira. Ou seja, Para Vigotski (2009, p. 100): “Podemos analisar a
brincadeira como forma dramática primeira que se diferencia por uma
especificidade preciosa, qual seja, a de congregar, numa só pessoa, o artista, o
espectador, o autor [...], o decorador e o técnico.” Para elas, do planejamento
até a execução é um divertimento, visto que fazem uso de brinquedos, fantoches,
fantasias, material de leitura, sucata, instrumentos musicais, etc, elas se
realizam, elas se satisfazem com tudo isso. Elas dramatizam todo o processo.
Ao final, abrimos uma roda de conversa para
debatermos temas que foram percebidos durante o transcorrer da oficina. Podemos
afirmar que as crianças envolvidas na oficina aprendem brincando. No entanto,
estamos atentos no processo e não no resultado, visto que:
O
importante não é o que as crianças criam, o importante é que criam, compõem,
exercitam-se na imaginação criativa e na encarnação dessa imaginação. [...],
tudo - desde as cortinas até o desencadeamento final [...] deve ser feito pelas
mãos e pela imaginação das crianças, e somente assim, a criação dramática
adquire para elas todo o seu significado e toda a sua força. (VIGOTSKI, 2009,
p. 101).
Este projeto, bem como a oficina “Quem Conta Apronta”
foram muito bem aceitos pela comunidade e continuam sendo desenvolvidos.
O local onde desenvolvemos a referida oficina merece
destaque, pois era um local frio, triste, e durante três meses, trabalhamos na
limpeza e adequação da sala, arrumamos e estruturamos o espaço, transformando-o,
o azul anil presente nas paredes foi substituído por várias cores, colocamos
também móveis e acessórios multicoloridos, o que deu ao local um tom de alegria
A participação na Oficina “Quem Conta Apronta” vem sendo assídua, e a relação
dos participantes com aquele lugar é de amor e cuidado, tornando-o ponto de
encontro, de gargalhadas, de educação, de criação, de imaginação, de
brincadeiras...
Sendo assim, esse tipo de atividade proporciona
articulação, interação e troca de saberes entre os pares – mediador/participantes,
avós/netos, adultos/crianças, crianças/crianças.
Visto isso, torna-se importante realizarmos uma
reflexão prático-teórica: Vigotski (1989) diz que, o conhecimento e a
subjetividade são construídos dentro de um processo sócio-histórico e não como
afirmam outros estudiosos, os quais afirmam que tanto o conhecimento quanto a
subjetividade são construídos naturalmente. Para Vigotski (1989), o
desenvolvimento humano não acontece linearmente, o que poderia ser previsível,
ao contrário ele afirma que para cada indivíduo existem peculiaridades, e que
as relações e interações sofrem a todo o momento transformações. Daí,
presumimos que seja necessário levarmos em consideração o contexto de cada
sujeito e de seu desenvolvimento. O sujeito enquanto criança sente o mundo
intensamente, portanto, experiências coletivas como a Oficina “Quem conta
Apronta” são ferramentas interessantes e importantes, que favorecem no
desenvolvimento humano.
Pensamos que a atividade relatada não só articula-se
com a brincadeira, como se coloca como espaço de atuação do Pedagogo, na
perspectiva de ensinar fora do espaço formal de ensino – sala de aula – de
forma divertida. Em outras palavras: ensinar brincando ou afetar brincando.
Esse tipo de abordagem realizada na oficina estimula outro tipo de prática
pedagógica, uma pedagogia que observa, ouve e media, uma pedagogia que afeta, uma
pedagogia que atua na dimensão informal da educação.
Nos dois espaços citados, estivemos observando
atentamente o comportamento dos sujeitos – adultos e crianças e as relações – envolvidos
no processo das brincadeiras, porém, nos preocupamos em realizar uma análise
reflexiva mais profunda a cerca do desenvolvimento das crianças envolvidas, das
afetações que as brincadeiras provocam no processo ensino aprendizagem, na
construção da subjetividade da criança quando aprende brincando. Pensamos ser
tudo isso importante para nosso crescimento profissional na área da Educação
Infantil.
3 - ENCERRAMENTO
Buscamos aqui, em nossas reflexões e discussões, dar
um olhar diferenciado em relação às brincadeiras, reforçando a ideia de que
elas são necessárias e importantes no desenvolvimento subjetivo, cognitivo e
intelectual da criança, e ainda produz conhecimentos para a criança e para
todos os envolvidos. Procuramos observar também, as brincadeiras coletivas e
como estas se desenvolviam. Percebemos que estas se desdobravam em outros
processos que davam formas bem consistentes ao ato de brincar.
Nos dois espaços relatados presenciamos idas e
vindas marcadas por emoções que jamais vou esquecer, momentos inesquecíveis de
brincadeiras marcadas por inusitadas descobertas, mas também por brincadeiras
que provocaram certo tipo de silenciamento. No primeiro espaço pude sentir na
prática fatos desfavoráveis a motivação da separação de tempo e espaço para as
brincadeiras. No segundo, vivencio concretamente a possibilidade de ruptura com
a forma tradicional de educar, e vejo que é possível desenvolver uma educação
utilizando linguagens que não sejam somente as formais, mas linguagens que
utilizem novas narrativas, abertas as diferenças, aos afetos e as afetações do
novo.
A brincadeira em si sempre foi usada nos espaços
formais e informais de ensino infantil, mas pode ser um campo de descobertas,
de novidades que nos afeta profundamente nos fazendo enxergar melhor o mundo
criativo e imaginativo das crianças, e ainda nos entender como tudo isso afeta
os envolvidos no processo.
Talvez para entender a importância das brincadeiras e
seus afetos e afetações, precisamos entrar no mundo da imaginação infantil,
sentindo, pensando e agindo como uma criança, exatamente assim:
Numa
folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E
com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro
o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E
se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se
um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num
instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai
voando, contornando a imensa curva norte-sul
Vou
com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto
um barco a vela branco navegando
É
tanto céu e mar num beijo azul
Entre
as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo
em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta
imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
E
se a gente quiser ele vai pousar
Numa
folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com
alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De
uma América a outra consigo passar num segundo
Giro
um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
E
ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E
o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não
tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem
pedir licença muda nossa vida
Depois
convida a rir ou chorar
Nessa
estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O
fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos
todos numa linda passarela
De
uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa
folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que
descolorirá
E
com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Que
descolorirá
Giro
um simples compasso e num círculo eu faço o mundo...
Aquarela
- Toquinho
Pensamos ser preciso um esforço em ampliar a visão
das práticas pedagógicas e lúdicas, criando novas possibilidades nos espaços de
educação, sejam eles formais ou informais. É possível que a brincadeira livre
ou planejada favoreça o surgimento dessas possibilidades.
4 – REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS
ARIÈS,
P. História Social da Criança e da
Família. 2ª Ed. Rio de Janeiro: LTL, 1981.
VALSINER,
J, Perspectiva Co-construtivista na
Psicologia e na Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
VIGOTSKI,
Lev. S. A Criação Literária na Idade Escolar.
In: Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, 2009.
VIGOTSKI,
Lev. S. A Criação Teatral na Idade Escolar.
In: Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, 2009.
VIGOTSKI,
Lev. S. A Formação Social da Mente.
3ª Ed. São Paulo. Martins Fontes, 1989.