sexta-feira, 21 de dezembro de 2018


PLANO DE AULA
Aprendendo as Operações Matemáticas Brincando

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Cláudio Alves de Melo
 Carolina Barrias
Thaysa Barbosa

I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Instituição: Escola Municipal Professora Mª Cecília Fontinatto. (Fictícia)
Professor@s: Carolina Barrias, Cláudio Alves de Melo e Thaysa Barbosa. (Fictícios)
Disciplina: Matemática
Ano: 1º ao 5º - Ensino Fundamental
Turma: A1
Período: 2º Semestre

II. TEMA:

Tema Geral: Aprendendo Operações Matemáticas Brincando

Tema Específico: Aprendendo adição, subtração, multiplicação e divisão.

Conceito Fundamental: Dentro da matemática é possível ressaltar a matemática básica, na qual o estudo matemático se limita aos raciocínios simples e de resolução simples. A matemática simples compreende as operações matemáticas simples, são elas: adição, subtração, multiplicação e divisão.

III. OBJETIVO:

Objetivo geral: Aprender as quatro operações matemáticas fundamentais.

Objetivos específicos:

  • Trabalhar com as quatro operações matemáticas fundamentais;
  • Desenvolver processos de estimativa, cálculo mental e tabuada;
  •  Fazer com que o educando goste de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse e o prazer de aprender;
  • Fazer com que o educando pense produtivamente, desenvolvendo seu raciocínio utilizando recursos pessoais e enfrentando novas situações;
  • Desenvolver iniciativa, espírito explorador, criatividade e independência;
  •  Fazer com que o educando saiba como usar as operações matemáticas na resolução de problemas do dia a dia;
  • Tornar as aulas de matemática mais interessantes e desafiadoras;
  • Integrar várias dimensões da personalidade: afetiva, social, motora e cognitiva.



VI. CONTEÚDO

  1. *    Adição: compreende a junção de dois números em um só. É obtida na adição a ação de soma a fim de um número total;
  2. *      Subtração: compreende a operação matemática de remover um valor numérico de outro valor. Retirando assim uma parte do número total;
  3. *      Multiplicação: é a propriedade matemática utilizada para acrescentar um mesmo número repetidamente. É utilizada para facilitar a adição de números iguais;
  4. *      Divisão: compreende a operação onde, diferente da multiplicação, particiona-se o número total por partes iguais. A divisão só pode ser efetuada por um número diferente de 0 (zero);
  5. *      Situações problemas. 


V. DESENVOLVENDO TEMA

Trabalhar com jogos (brincadeiras) nas aulas de Matemática é uma das situações didáticas que contribuem para a criação de contextos significativos de aprendizagem para as crianças. Esta descoberta se deu no conjunto de uma série de transformações que o ensino experimentou nas últimas décadas, desde que educadores e instituições passaram a pautar sua prática por uma concepção de aprendizagem segundo a qual aprender significa elaborar uma representação pessoal do conteúdo que é objeto de ensino - quando as crianças constroem conhecimentos em um processo ativo de estabelecimento de relações e atribuição de significados.

Ensinar passou a ser compreendido como criar condições adequadas a esse processo e à realização de mediações com vistas a possibilitar avanços aos alunos. Com isso, novos critérios passaram a ser úteis para a tarefa do educador, como: organizar o ensino em torno de situações-problema que façam sentido para os estudantes e tornem necessária a construção ou reelaboração de conhecimentos para sua resolução; estabelecer relações com os fazeres que caracterizem o trabalho de uma determinada área de conhecimento; compreender as práticas culturais de uso de um determinado saber e as formas como os indivíduos, em geral, se relacionam com elas.

O desenvolvimento de cada indivíduo é marcado por três grandes instâncias de jogo: os jogos de exercício, em que a assimilação de novos conhecimentos, sobre si e sobre o mundo que o cerca dá-se na forma do prazer pela repetição dos primeiros hábitos; o jogo simbólico, em que a criança se apropria de conhecimentos sobre o mundo e conhece mais sobre si a partir da atribuição de diferentes significados aos objetos e as suas ações - em fantasias, em faz-de-contas ou na possibilidade de viver diferentes histórias; e os jogos de regras, em que o "como fazer" do jogo é sempre o mesmo, regulamentando uma interação entre pares - nesses jogos, a criança se depara com o desafio de se apropriar das regras e encontrar estratégias para vencer dentro do universo de possibilidades criado pelo jogo.

Muitos estudiosos defendem a presença do jogo (brincadeira) na escola, argumentando que para a criança em idade escolar, o jogo (a brincadeira), nas suas diferentes formas, é uma excelente via de acesso a novos conhecimentos, porque além de tornar significativo o encontro com novos saberes, também cria um contexto em que se apoderar desses conhecimentos tem uma razão mais próxima do ponto de vista infantil - ir bem no jogo - , além da razão que a escola sempre lhe apresenta, que é preparar-se para a vida futura.

Assim, pode-se considerar que dar ao jogo (brincadeira) um justo lugar dentro da escola, relacionando-o com conteúdos importantes de aprendizado, é uma forma de respeitar o modo como as crianças aprendem, dando a todos as crianças a chance de se relacionar com o conhecimento de uma forma mais prazerosa, significativa e produtiva.
Esse espaço para mediação do educador que o trabalho com jogos matemáticos possibilita é precioso. Pois um trabalho intencional e reflexivo, por parte dos educadores, com jogos na aula de Matemática permite:

1 - Oportunidades de observação;
2 – A possibilidade de variar as propostas de acordo com os níveis de trabalho das crianças;
3 - Trabalhar mais intensamente com aqueles que mais o necessitam.

Ou seja, é a partir da mediação do educador que os jogos matemáticos se transformam em contextos de aprendizagem para as crianças.

Isso ocorre nas ocasiões em que o educador organiza sequências de atividades a partir do jogo, de forma que os alunos possam:
a)      Tomar consciência do que sabem;
b)      Reconhecer a utilidade (economia, segurança) de utilizar determinados recursos (resultados memorizados, procedimentos etc.);
c)      Ter uma representação do que se deve conseguir e do que precisa saber;
d)     “Medir" seu progresso;
e)      Escolher, entre diferentes recursos, os mais pertinentes;
f)       Serem capazes de fundamentar suas opções, suas decisões;
g)      Estabelecerem relações entre os conhecimentos postos em destaque no jogo e os conhecimentos escolares.

Assim, o que caracteriza o jogo (brincadeira) como contexto de aprendizagem escolar é que na escola, diferentemente da vida social, o jogo não se encerra em si mesmo, não se justifica apenas pelo seu aspecto lúdico e, sim, é parte de uma sequência intencional de ensino, que contextualiza a resolução de problemas e o desenvolvimento de estratégias que se relacionam com o desenvolvimento de aprendizagens importantes de uma determinada etapa; que respeita os diferentes ritmos de aprendizagem das crianças, mas se compromete com o avanço de todos e a conquista de um conjunto compartilhado de saberes. E isso só é possível com a mediação atenta e cuidadosa de um educador que sabe aonde quer chegar.

Pensamos que a brincadeira deve estar presente no território escolar e que esta pode fazer parte do fazer pedagógico do educador, tornando esse fazer mais atraente, divertido e inovador. Sendo assim, o processo ensino aprendizado consegue de fato transmitir saberes objetivos e subjetivos.

Torna-se necessário separarmos tempo e espaço para as brincadeiras. É importante que a escola compreenda tal fato, pois ao brincar a criança também aprende mesmo nas brincadeiras sem planejamento, e o que é mais importante, elas próprias criam e imaginam a brincadeira, a qual possui um íntimo significado para elas. De fato, “A brincadeira é a escola da vida para a criança; educa-a espiritual e fisicamente. Seu significado é enorme para a formação do caráter e da visão de mundo do futuro homem.” (VIGOTSKI, 2009, p. 109).

Pensamos ser preciso um esforço em ampliar a visão das práticas pedagógicas e lúdicas, criando novas possibilidades nos espaços de educação, sejam eles formais ou informais. É possível que a brincadeira livre ou mediada favoreça o surgimento dessas possibilidades.


VI. RECURSOS DIDÁTICOS:

JOGO DAS OPERAÇÕES
(adição, subtração, multiplicação e divisão)

Ø  Materiais utilizados na confecção do jogo: superfície plana sólida, EVA, folhas de papel, cola quente, lápis de cor, hidrocor, tesoura, lápis de escrever, garrafa (pequena) de plástico, dados (3), tampinhas, durex, régua.

Ø  Montando o jogo:

1.      Monte a malha quadriculada com 5 colunas e 10 linhas, enumere estas linhas de 1-10 (baixo para cima). Na parte de cima do tabuleiro coloque o nome do jogo.
2.      Coloque os 3 dados dentro da garrafinha, selecione 5 tampinhas (estas tampinhas irão representar os jogadores, ou seja, o jogo terá 5 competidores).
3.      Faça uma base para colar a garrafinha em cima, isso dará exatidão ao balanço dos dados e evitará cair no chão.
4.       Faça os acabamentos e o tabuleiro estará pronto.

Ø  Vamos jogar?

1.      Posicione cada tampinha na direção das colunas (abaixo do número 1).
2.      Balance a garrafinha de modo que saia um valor em cada dado, a partir dos valores encontrados a criança fará uma conta usando as operações matemáticas;
3.   Ao realizar a conta a criança terá que fazer o resultado ser igual ao número indicado na malha, exemplo: 5x1=5        5-4: 1. A partir deste resultado (1), o jogador poderá andar até a primeira casa. E assim sucessivamente.

4.      Caso os números que saíram nos dados não forem possíveis de alcançar o número escrito na malha, o jogador terá que passar a sua vez.
5.      Faça o possível para usar mais de uma operação ao realizar as contas matemáticas.
6.      Vence o jogador que chegar ao número 10 primeiro.


VII. ATIVIDADES DIDÁTICAS PARALELAS:

*      Leitura de história infantil sobre Jogos e matemáticas
*   Rodinha de Conversa para discussão e compreensão das perguntas-problema e do roteiro do jogo, compreensão de imagens, etc.

VIII – AVALIAÇÃO:

A avaliação será processual – realizada durante todo o decorrer do processo atentando principalmente a interação e integração dos alunos. Serão observados a participação, o desempenho e o interesse dos estudantes com o objetivo de trabalhar possíveis dificuldades.

XIX. BIBLIOGRAFIA:

VIGOTSKI, Lev. S. A Criação Teatral na Idade Escolar. In: Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, 2009.
Acessado em 07/12/2018 às 10h11min.
Acessado em 07/12/2008 às 11h44min.

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